Cinco pessoas foram
ouvidas ontem pela diretora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP), delegada Socorro Portela, em continuação às investigações da morte de
Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38 e Jade Pessoa de Carvalho Moraes,
de oito meses. Dentre elas, o próprio suspeito do crime, Marcelo Barbarena
Moraes, 37, que confessou o crime e está preso.
De acordo com Socorro,
Marcelo tinha ciúmes da filha com a mulher. "As informações são que ele
tinha bastante ciúmes, inclusive da criança, pois ela tomava muito o tempo da
mãe. Ele queria sair com Adriana e não conseguia", disse.
A Polícia tenta
remontar a vida da família antes do crime bárbaro, cometido na madrugada do
último domingo (23) em Paracuru, a 87 km de Fortaleza, em uma casa de veraneio.
Brigas
Conforme os relatos
colhidos pela presidente do inquérito, Adriana e Marcelo brigavam
constantemente e estavam em vias de separação. O casal, gaúcho, planejava
retornar para o Rio Grande do Sul em 2016.
"Segundo as
informações, o casal estava há três meses para se separar. Mas convivam.
Adriana e Marcelo estavam certos que daqui a um ano iriam morar em Porto
Alegre. A motivação é que o casal brigou e depois ele matou a mulher e a
criança, mas não disse o motivo da briga", relatou.
Ontem foram ouvidos
além de Marcelo o irmão dele, Rafael Moraes e a mulher, Ana Carolina Vilas
Boas, a mãe do suspeito e duas funcionárias do casal.
Dentre as pessoas
ouvidas ontem estava a babá Rafaela Nogueira. Ela conviveu com a família desde
o nascimento de Jade. Visivelmente emocionada, ela chorou bastante ao lembrar
de quando soube da morte da bebê e da mulher. "Ela era uma mulher dedicada
à família", disse.
Rafaela afirmou que
trabalhava na residência do casal de segunda a sexta-feira, e que não costumava
ir aos passeios com os patrões. Questionada sobre o histórico de brigas, a babá
afirmou não ter presenciado qualquer desentendimento entre Adriana e Marcelo.
Casal
Também estão sendo
investigados pela Polícia Civil o casal Rafael e Ana Carolina, irmão e cunhada,
respectivamente, de Marcelo.
No primeiro depoimento
dado por eles, negaram ter ouvido os disparos na casa e confirmaram as
informações dadas pelo suspeito. Entretanto, com a confissão dada por Marcelo
durante a perícia complementar na casa, ocorrida na última segunda-feira (24),
a versão apresentada pelo casal foi desmentida. Contudo, a delegada esclareceu
que a opção por fornecer versão diferente da realidade, neste caso, não
configura crime.
"Temos que
analisar. Eles estão sendo investigados também, pois são familiares. E como
familiares do investigado, eles prestam depoimentos como testemunhas não
compromissadas. Se quiserem faltar com a verdade, não vão ser punidos, não é
crime nesse caso, pois são parentes do autuado", afirmou.
Socorro Portela
ressaltou que as investigações também averiguarão se houve modificação da cena
do crime. Hoje a diretora da DHPP irá, acompanhada de equipe, retornar a
Paracuru para realizar novas diligências. Amanhã, os pais de Adriana deverão
ser ouvidos pela delegada. Uma acareação entre as testemunhas também deverá ser
realizada.
Segundo o advogado que
representa a família das vítimas, Leandro Duarte Vasques, "a maior
perfídia e maldade do assassino residiu, além do ato censurável, na frieza de
construir uma versão pinoquiana contando com a colaboração do irmão e cunhada,
versão essa que desmoronou diante da perícia complementar que constatou que a
tese dele, de que a casa teria sido invadida por meliantes, seria
insustentável", afirmou
Crime
Na manhã de domingo, Marcelo acionou a Polícia afirmando que a casa havia sido invadida por bandidos, que mataram sua mulher e a filha mais nova do casal. Na casa estavam ainda o irmão de Marcelo e a cunhada. À Polícia, o casal afirmou não ter ouvido os disparos.
Durante as primeiras horas, ficou constatado que nada havia sido levado da casa, o que descartou o latrocínio. A arma estava guardada em um bebê-conforto. Ao fim daquela noite, após os primeiros depoimentos, Marcelo foi preso. A Polícia foi à casa onde Marcelo e Adriana viviam e encontrou um verdadeiro arsenal. As armas eram herança dada pelo avô. Na tarde de segunda-feira, durante perícia complementar na casa, ele confessou ter matado a mulher e a filha, .
Segundo o perito da Perícia Forense (Pefoce), Antoniel Oliveira, o laudo da acústica feita na casa de veraneio será entregue amanhã. Já o laudo cadavérico sairá em dez dias e o laudo balístico, até terça-feira (1º).
Na manhã de domingo, Marcelo acionou a Polícia afirmando que a casa havia sido invadida por bandidos, que mataram sua mulher e a filha mais nova do casal. Na casa estavam ainda o irmão de Marcelo e a cunhada. À Polícia, o casal afirmou não ter ouvido os disparos.
Durante as primeiras horas, ficou constatado que nada havia sido levado da casa, o que descartou o latrocínio. A arma estava guardada em um bebê-conforto. Ao fim daquela noite, após os primeiros depoimentos, Marcelo foi preso. A Polícia foi à casa onde Marcelo e Adriana viviam e encontrou um verdadeiro arsenal. As armas eram herança dada pelo avô. Na tarde de segunda-feira, durante perícia complementar na casa, ele confessou ter matado a mulher e a filha, .
Segundo o perito da Perícia Forense (Pefoce), Antoniel Oliveira, o laudo da acústica feita na casa de veraneio será entregue amanhã. Já o laudo cadavérico sairá em dez dias e o laudo balístico, até terça-feira (1º).
Crime
Na manhã de domingo,
Marcelo acionou a Polícia afirmando que a casa havia sido invadida por
bandidos, que mataram sua mulher e a filha mais nova do casal. Na casa estavam
ainda o irmão de Marcelo e a cunhada. À Polícia, o casal afirmou não ter ouvido
os disparos.
Durante as primeiras
horas, ficou constatado que nada havia sido levado da casa, o que descartou o
latrocínio. A arma estava guardada em um bebê-conforto. Ao fim daquela noite,
após os primeiros depoimentos, Marcelo foi preso. A Polícia foi à casa onde
Marcelo e Adriana viviam e encontrou um verdadeiro arsenal. As armas eram
herança dada pelo avô. Na tarde de segunda-feira, durante perícia complementar
na casa, ele confessou ter matado a mulher e a filha, .
Segundo o perito da
Perícia Forense (Pefoce), Antoniel Oliveira, o laudo da acústica feita na casa
de veraneio será entregue amanhã. Já o laudo cadavérico sairá em dez dias e o
laudo balístico, até terça-feira (1º).
Fonte: Diário do
Nordeste
Foto: Kiko Silva/Diario do Nordeste
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