Marido tinha ciúme da mulher com a criança, diz delegada - NA MIRA DA NOTICIA

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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Marido tinha ciúme da mulher com a criança, diz delegada

Cinco pessoas foram ouvidas ontem pela diretora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Socorro Portela, em continuação às investigações da morte de Adriana Moura de Pessoa Carvalho Moraes, 38 e Jade Pessoa de Carvalho Moraes, de oito meses. Dentre elas, o próprio suspeito do crime, Marcelo Barbarena Moraes, 37, que confessou o crime e está preso.


De acordo com Socorro, Marcelo tinha ciúmes da filha com a mulher. "As informações são que ele tinha bastante ciúmes, inclusive da criança, pois ela tomava muito o tempo da mãe. Ele queria sair com Adriana e não conseguia", disse.

A Polícia tenta remontar a vida da família antes do crime bárbaro, cometido na madrugada do último domingo (23) em Paracuru, a 87 km de Fortaleza, em uma casa de veraneio.

Brigas

Conforme os relatos colhidos pela presidente do inquérito, Adriana e Marcelo brigavam constantemente e estavam em vias de separação. O casal, gaúcho, planejava retornar para o Rio Grande do Sul em 2016.

"Segundo as informações, o casal estava há três meses para se separar. Mas convivam. Adriana e Marcelo estavam certos que daqui a um ano iriam morar em Porto Alegre. A motivação é que o casal brigou e depois ele matou a mulher e a criança, mas não disse o motivo da briga", relatou.

Ontem foram ouvidos além de Marcelo o irmão dele, Rafael Moraes e a mulher, Ana Carolina Vilas Boas, a mãe do suspeito e duas funcionárias do casal.

Dentre as pessoas ouvidas ontem estava a babá Rafaela Nogueira. Ela conviveu com a família desde o nascimento de Jade. Visivelmente emocionada, ela chorou bastante ao lembrar de quando soube da morte da bebê e da mulher. "Ela era uma mulher dedicada à família", disse.

Rafaela afirmou que trabalhava na residência do casal de segunda a sexta-feira, e que não costumava ir aos passeios com os patrões. Questionada sobre o histórico de brigas, a babá afirmou não ter presenciado qualquer desentendimento entre Adriana e Marcelo.

Casal

Também estão sendo investigados pela Polícia Civil o casal Rafael e Ana Carolina, irmão e cunhada, respectivamente, de Marcelo.

No primeiro depoimento dado por eles, negaram ter ouvido os disparos na casa e confirmaram as informações dadas pelo suspeito. Entretanto, com a confissão dada por Marcelo durante a perícia complementar na casa, ocorrida na última segunda-feira (24), a versão apresentada pelo casal foi desmentida. Contudo, a delegada esclareceu que a opção por fornecer versão diferente da realidade, neste caso, não configura crime.

"Temos que analisar. Eles estão sendo investigados também, pois são familiares. E como familiares do investigado, eles prestam depoimentos como testemunhas não compromissadas. Se quiserem faltar com a verdade, não vão ser punidos, não é crime nesse caso, pois são parentes do autuado", afirmou.

Socorro Portela ressaltou que as investigações também averiguarão se houve modificação da cena do crime. Hoje a diretora da DHPP irá, acompanhada de equipe, retornar a Paracuru para realizar novas diligências. Amanhã, os pais de Adriana deverão ser ouvidos pela delegada. Uma acareação entre as testemunhas também deverá ser realizada.

Segundo o advogado que representa a família das vítimas, Leandro Duarte Vasques, "a maior perfídia e maldade do assassino residiu, além do ato censurável, na frieza de construir uma versão pinoquiana contando com a colaboração do irmão e cunhada, versão essa que desmoronou diante da perícia complementar que constatou que a tese dele, de que a casa teria sido invadida por meliantes, seria insustentável", afirmou

Crime

Na manhã de domingo, Marcelo acionou a Polícia afirmando que a casa havia sido invadida por bandidos, que mataram sua mulher e a filha mais nova do casal. Na casa estavam ainda o irmão de Marcelo e a cunhada. À Polícia, o casal afirmou não ter ouvido os disparos.

Durante as primeiras horas, ficou constatado que nada havia sido levado da casa, o que descartou o latrocínio. A arma estava guardada em um bebê-conforto. Ao fim daquela noite, após os primeiros depoimentos, Marcelo foi preso. A Polícia foi à casa onde Marcelo e Adriana viviam e encontrou um verdadeiro arsenal. As armas eram herança dada pelo avô. Na tarde de segunda-feira, durante perícia complementar na casa, ele confessou ter matado a mulher e a filha, .

Segundo o perito da Perícia Forense (Pefoce), Antoniel Oliveira, o laudo da acústica feita na casa de veraneio será entregue amanhã. Já o laudo cadavérico sairá em dez dias e o laudo balístico, até terça-feira (1º).
 
Crime

Na manhã de domingo, Marcelo acionou a Polícia afirmando que a casa havia sido invadida por bandidos, que mataram sua mulher e a filha mais nova do casal. Na casa estavam ainda o irmão de Marcelo e a cunhada. À Polícia, o casal afirmou não ter ouvido os disparos.

Durante as primeiras horas, ficou constatado que nada havia sido levado da casa, o que descartou o latrocínio. A arma estava guardada em um bebê-conforto. Ao fim daquela noite, após os primeiros depoimentos, Marcelo foi preso. A Polícia foi à casa onde Marcelo e Adriana viviam e encontrou um verdadeiro arsenal. As armas eram herança dada pelo avô. Na tarde de segunda-feira, durante perícia complementar na casa, ele confessou ter matado a mulher e a filha, .

Segundo o perito da Perícia Forense (Pefoce), Antoniel Oliveira, o laudo da acústica feita na casa de veraneio será entregue amanhã. Já o laudo cadavérico sairá em dez dias e o laudo balístico, até terça-feira (1º).


Fonte: Diário do Nordeste
Foto: Kiko Silva/Diario do Nordeste

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