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Rafaela Costa da Silva,
esposa de Igor Peretto, o comerciante encontrado morto, e a irmã dele, Marcelly
Peretto, foram presas na última sexta-feira (6). O marido de Marcelly, Mario
Vitorino, também é suspeito de envolvimento no crime e segue foragido. Igor
teria descoberto que Rafaela o traiu com Mario.
Rafaela
Costa da Silva, viúva de Igor Peretto, o comerciante
encontrado morto com sinais de facadas em um apartamento em Praia
Grande (SP), tem uma série de vídeos publicados nas redes sociais que mostram
uma relação próxima com a irmã dele, Marcelly Peretto.
Ao g1, Leandro
Weissmann, o advogado de Marcelly informou que as mulheres
se beijaram pela primeira vez no imóvel antes do assassinato de Igor.
As duas
foram presas por serem suspeitas de envolvimento no crime.
O marido de Marcelly, Mario
Vitorino, também é suspeito e segue foragido. Ele já teria um caso
com Rafaela, esposa de Igor, antes do crime (veja detalhes abaixo).
gor Peretto era irmão do
vereador Tiago Peretto (União Brasil), de São Vicente, que não tem envolvimento
no caso. Marcelly é filha de uma mulher, o vereador de outra e Igor de uma
terceira. Os três são irmãos apenas por parte de pai.
A Polícia Civil ainda não
informou quem matou Igor, encontrado morto no sábado (31). O que se sabe é
que, dentro do apartamento onde ocorreu o crime, estiveram Igor, Rafaela Costa
(esposa de Igor), Marcelly (irmã de Igor) e Mario Vitorino (marido de
Marcelly).
Relação em vídeo
Por meio do TikTok, Rafaela
publicou dezenas de vídeos em que mostrava uma relação próxima com
Marcelly (assista no topo da reportagem). Alguns vídeos foram publicados
dias antes do crime.
Nas imagens, é possível ver
as mulheres dançando na praia e em festas. Um dos vídeos, inclusive,
mostra as duas aproximando os rostos durante um evento.
As legendas das publicações
também indicam um relacionamento próximo. Em outro conteúdo, Rafaela presenteia
Marcelly com um bolo de aniversário. "Feliz vida, meu amor", escreveu
ela.
Beijo antes do crime
Ao g1, o advogado de
Marcelly, Leandro Weissmann, disse que ela e Rafaela tiveram um envolvimento
amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario ao apartamento.
“De acordo com a Marcelly,
elas estavam muito bêbadas e Rafaela já tinha investido algumas vezes para cima
dela. Nesse dia, que ela estava muito bêbada, a Rafaela a agarrou [...]. Deu um
beijo e passou a mão no corpo dela”, explicou o advogado.
Segundo Weissmann, as duas
eram melhores amigas e aquela foi a primeira vez que em que se
beijaram. “A Marcelly sabia que a Rafaela se relacionava sim com outras
mulheres, mas com ela foi a primeira vez”, afirmou.
Procurado pelo g1, o
advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, afirmou que a viúva “forneceu todas as
informações necessárias à investigação. Ela, pelo que se verificou, não omitiu
nada que tenha ocorrido, até mesmo sobre esse ponto”.
Ainda segundo Cruz, a defesa
aguardará as provas periciais serem juntadas para solicitar o pedido de soltura
da cliente. “Lembrando que Rafaela, além de se apresentar espontaneamente na
delegacia, mesmo ciente que havia contra si uma ordem de prisão, forneceu
voluntariamente seu aparelho celular e senhas para ser periciado”.
Prisões
Marcelly e a viúva Rafaela
foram presas suspeitas de participação no crime. Já o cunhado de Igor,
Mario Vitorino, está foragido desde terça-feira (3), quando teve a prisão
temporária decretada pela Justiça. O caso é investigado pela Delegacia de
Investigações Gerais (DIG).
De acordo com a defesa,
Rafaela saiu do apartamento onde ocorreu o crime antes da chegada de Igor, pois
ficou com medo da reação do companheiro que havia descoberto uma troca de
mensagens entre ela e Mario.
Leandro Weissmann afirmou
que o homicídio foi cometido por Mario, pois Marcelly estava em outro
cômodo quando o irmão foi morto. Em seguida, ela saiu do imóvel e fugiu porque
foi coagida pelo autor do crime.
Os dois advogados disseram
que colaboram com a polícia para esclarecimento do caso, que inocentará as
clientes.
O g1 não localizou
a defesa de Mario Vitorino da Silva até a última atualização desta reportagem.
O caso
O caso aconteceu na noite do
dia 31 de agosto. A síndica do prédio contou aos policiais que tocou várias
vezes a campainha do apartamento da irmã de Igor Peretto e bateu na porta, mas
que não foi atendida. Por isso, ela resolveu olhar as câmeras de monitoramento
do prédio e identificou que, por volta das 4h37, Marcelly Peretto chegou ao
imóvel acompanhada da esposa de Igor, Rafaela Costa.
Por volta das 5h40, Mario e
Igor chegaram ao local e solicitaram ao porteiro da noite autorização para
entrada no condomínio, que teria sido negada. Os dois só acessaram o prédio
após a liberação da irmã de Igor, a dona do apartamento.
Os policiais militares
informaram à Polícia Civil que, com base nas informações, acreditarm que a
vítima estava com a esposa dentro do apartamento. Com a ajuda de um chaveiro,
solicitado pela síndica, a porta foi aberta e eles notaram sinais de sangue no
corredor.
Assim que a porta do
apartamento foi aberta, os policiais encontraram o corpo de Igor caído em um
quarto, próximo da janela. O imóvel estava revirado, indicando que houve luta
corporal, além de marcas de sangue, conforme informaram os agentes.
De acordo com o boletim de
ocorrência, os policiais revistaram o apartamento em busca da esposa de Igor,
mas ela não foi encontrada.
Traição
Em entrevista à TV Tribuna,
Marcelo Cruz contou alguns detalhes sobre a noite do crime. Segundo ele,
Rafaela saiu do imóvel antes da chegada de Igor porque ficou com medo da reação
do companheiro, que havia descoberto um caso entre ela e Mario.
"Ela infelizmente
confessa que houve um adultério, muito embora estivesse relativamente separada
dele [Igor]. Mas o ponto principal é que, lamentavelmente, a vítima [Igor]
pegou uma ligação que ela [Rafaela] tinha feito para o autor do crime [Mario]
e, em face disso, desencadeou a confusão dentro da residência. Mas, ela não
participou de nenhum ato dentro daquela residência", explicou Marcelo
Cruz.
Defesa de Marcelly
Marcelly prestou depoimento
à polícia antes de se entregar. O advogado Felipe Pires de Campos, que
representava Marcelly disse que ela contou aos policiais que Mario estava
saindo com a esposa de Igor.
Ela não sabia da traição até
o momento da briga, e reforçou que ela foi pressionada pelo marido a deixar o
imóvel após ele cometer o crime. Ainda segundo o advogado, Marcelly e Mario são
casados, mas já não moram mais no mesmo imóvel.
O advogado disse que, apesar
de estar no imóvel, Marcelly não presenciou o irmão sendo morto, pois estava em
um quarto lateral, e que teria sido deixada pelo marido em uma estrada após o
crime.
Defesa da família de Igor
Após a prisão, Felipe Pires
de Campos deixou de defender Marcelly e agora representa a família de Igor
Peretto. Ele disse que os clientes estão mais conformados em saber que a
justiça está sendo feita.
Ainda de acordo com Campos,
a família espera que Mario se apresente à polícia para esclarecer o que ocorreu
no dia em que Igor morreu. "É isso que a família quer descobrir o que
realmente houve naquele dia e colocar um ponto final em todas essas discussões".
Carro localizado
Segundo apurado pela TV
Tribuna, afiliada da Globo, o
carro utilizado por Mario foi localizado por policiais civis de Praia Grande
perto de uma agência dos Correios em Pindamonhangaba. Após uma perícia, ele
foi levado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Praia Grande, na noite
de quinta-feira (5).
As imagens gravadas pelo
repórter Matheus Croce, da TV Tribuna, mostram que o câmbio e o banco tinham
marcas que, aparentemente, são de sangue. Uma garrafa com marcas parecidas
também foi encontrada jogada no chão do veículo.
FONTE: G1
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