Assassinos da inovação: a síndrome de Fredricksen - NA MIRA DA NOTICIA

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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Assassinos da inovação: a síndrome de Fredricksen

 

Foto: Reprodução

No processo de inovação, vencer o mar de burocracias é o que faz as grandes empresas se diferenciarem

Em uma cena memorável do filme "Up: Altas Aventuras", Mr. Fredricksen, um senhor de idade avançada e de espírito igualmente antigo, se depara com um cachorro que fala. Sim, você não leu errado, um cachorro que articula palavras como um locutor de rádio dos anos 50. Mas, em vez de se encantar com essa maravilha da natureza (ou da animação, vá lá), ele simplesmente torce o nariz. Afinal, o que um velhinho teimoso faria com um cachorro falante? 

Isso, meus caros, é a perfeita alegoria para o atual panorama empresarial. Nasce a ”síndrome do Mr. Fredricksen”. 

Mas afinal, sobre o que o filme fala mesmo? 

Imagine um senhor idoso, Carl Fredricksen, que, em um golpe de pura teimosia misturada com nostalgia, decide prender milhares de balões à sua casa, transformando-a em um dirigível improvisado. Sim, é isso mesmo: balões de festa comuns, desses que você usa em aniversários, mas em uma quantidade que faria qualquer palhaço de festa infantil corar de inveja. Esses balões são a manifestação física do desejo de Carl de se apegar ao passado e evitar a mudança a todo custo. 

Agora, introduza na trama um cachorro falante chamado Dug. Dug é um prodígio tecnológico canino com uma coleira que traduz seus pensamentos em palavras, fazendo dele, sem dúvida, o participante mais interessante de qualquer conversa. No entanto, para o nosso obstinado protagonista, Mr. Fredricksen, Dug é inicialmente visto mais como uma inconveniência do que a maravilha que verdadeiramente é. 

Imagine um senhor idoso, Carl Fredricksen, que, em um golpe de pura teimosia misturada com nostalgia, decide prender milhares de balões à sua casa, transformando-a em um dirigível improvisado. Sim, é isso mesmo: balões de festa comuns, desses que você usa em aniversários, mas em uma quantidade que faria qualquer palhaço de festa infantil corar de inveja. Esses balões são a manifestação física do desejo de Carl de se apegar ao passado e evitar a mudança a todo custo. 

Agora, introduza na trama um cachorro falante chamado Dug. Dug é um prodígio tecnológico canino com uma coleira que traduz seus pensamentos em palavras, fazendo dele, sem dúvida, o participante mais interessante de qualquer conversa. No entanto, para o nosso obstinado protagonista, Mr. Fredricksen, Dug é inicialmente visto mais como uma inconveniência do que a maravilha que verdadeiramente é. 

Imagine a cena: uma oportunidade dourada bate à porta da empresa, um projeto que poderia não apenas mudar o jogo, mas reinventá-lo. Mas, o que faz a diretoria? Rejeita a ideia mais rápido do que Mr. Fredricksen dispensou a ideia de adotar um cachorro falante. "Inovar? Mas isso vai contra o nosso manual de operações de 1982!", exclamam, enquanto afundam lentamente no mar da obsolescência. 

E aqui entra a gestão da inovação, ou a falta dela. Empresas modernas, com seus ambientes de trabalho descolados e máquinas de café que fazem tudo, exceto dar conselhos amorosos, parecem ter tudo para inovar. Mas muitas estão tão enraizadas em seus métodos "lean" e "agile" que esquecem que, às vezes, para construir algo novo, é preciso sair dos trilhos e aprender a voar. 

Lembremos das palavras de Clayton Christensen e seu conceito de "Inovação Disruptiva". Muitas empresas são como orquestras sinfônicas perfeitamente afinadas que, ao menor sinal de uma guitarra elétrica (leia-se, inovação), tapam os ouvidos e aumentam o volume dos violinos. E então se perguntam por que estão sendo substituídas por bandas de rock. 

Imagine a cena: uma oportunidade dourada bate à porta da empresa, um projeto que poderia não apenas mudar o jogo, mas reinventá-lo. Mas, o que faz a diretoria? Rejeita a ideia mais rápido do que Mr. Fredricksen dispensou a ideia de adotar um cachorro falante. "Inovar? Mas isso vai contra o nosso manual de operações de 1982!", exclamam, enquanto afundam lentamente no mar da obsolescência. 

E aqui entra a gestão da inovação, ou a falta dela. Empresas modernas, com seus ambientes de trabalho descolados e máquinas de café que fazem tudo, exceto dar conselhos amorosos, parecem ter tudo para inovar. Mas muitas estão tão enraizadas em seus métodos "lean" e "agile" que esquecem que, às vezes, para construir algo novo, é preciso sair dos trilhos e aprender a voar. 

Lembremos das palavras de Clayton Christensen e seu conceito de "Inovação Disruptiva". Muitas empresas são como orquestras sinfônicas perfeitamente afinadas que, ao menor sinal de uma guitarra elétrica (leia-se, inovação), tapam os ouvidos e aumentam o volume dos violinos. E então se perguntam por que estão sendo substituídas por bandas de rock. 

Imagine a cena: uma oportunidade dourada bate à porta da empresa, um projeto que poderia não apenas mudar o jogo, mas reinventá-lo. Mas, o que faz a diretoria? Rejeita a ideia mais rápido do que Mr. Fredricksen dispensou a ideia de adotar um cachorro falante. "Inovar? Mas isso vai contra o nosso manual de operações de 1982!", exclamam, enquanto afundam lentamente no mar da obsolescência. 

E aqui entra a gestão da inovação, ou a falta dela. Empresas modernas, com seus ambientes de trabalho descolados e máquinas de café que fazem tudo, exceto dar conselhos amorosos, parecem ter tudo para inovar. Mas muitas estão tão enraizadas em seus métodos "lean" e "agile" que esquecem que, às vezes, para construir algo novo, é preciso sair dos trilhos e aprender a voar. 

Lembremos das palavras de Clayton Christensen e seu conceito de "Inovação Disruptiva". Muitas empresas são como orquestras sinfônicas perfeitamente afinadas que, ao menor sinal de uma guitarra elétrica (leia-se, inovação), tapam os ouvidos e aumentam o volume dos violinos. E então se perguntam por que estão sendo substituídas por bandas de rock. 

Esses gigantes tecnológicos não chegaram lá enfrentando apenas uma ou duas reuniões desanimadoras. Não, eles tiveram que navegar por um oceano de ceticismo, burocracia e a temida resistência à mudança, uma força tão poderosa que poderia facilmente ser o vilão principal em um filme de super-heróis corporativos. 

Aaaaaah, mas inovação na área de tecnologia é diferente. Será? Pergunta pra turma da Ambev se criar um canal de venda direta do produto com o seu Zé Delivery deu ruim? Pergunta pra turma da Natura se a mudança de foco da marca com o foco em 

Sustentabilidade e natureza fez a empresa perder grana? Ou a Tigre, que era produtora de pentes e escovas, e se transformou no símbolo dos tubos e conexões em PVC. Esse caso da Tigre sempre me faz imaginar a reunião quando alguém possa ter dito: “vamos deixar de fazer pentes e fazer canos”. 

Mas voltemos ao nosso herói canino. Após várias batalhas, ele finalmente consegue uma vitória, não por ter convencido todos os Mr. Fredricksens — isso seria pedir demais —, mas por encontrar aliados, aqueles poucos dispostos a arriscar, a experimentar. E, de repente, o que era apenas um latido solitário começa a se tornar uma sinfonia de inovação. Entretanto essa matilha inovadora sabe bem do risco de virar um vira lata, pois o erro por tentar, será pago com a própria existência corporativa.  

Então, o que podemos aprender com nosso intrépido cachorro falante? Que, para inovar, às vezes é preciso ser um pouco louco, um pouco sonhador e, acima de tudo, persistente. Que enfrentar um exército de Mr. Fredricksens pode ser desanimador, mas lembre-se: até o mais teimoso pode, eventualmente, se encantar com a ideia de um cachorro que fala. 

Portanto, caros inovadores, munam-se de paciência, coragem e uma boa dose de senso de humor. A jornada é longa, os desafios são muitos, mas o mundo sempre terá espaço para um cachorro falante — ou, no nosso caso, para uma ideia verdadeiramente inovadora. 

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

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