Foto: Reprodução |
Uma nova denúncia foi
registrada contra o ginecologista Hector
Javier Lozano Galindo (foto em destaque), que está sendo investigado
pela Polícia Civil e pelos Ministérios Públicos do Distrito Federal (MPDFT) e de Goiás (MPGO) por
supostos abusos sexuais durante consultas em Goiás e no DF. Desta vez, uma
paciente denunciou que, em julho de 2017, durante uma consulta na clínica
Oásis, em Planaltina, o médico teria adotado um comportamento fora do padrão,
chegando a colocá-la em uma posição completamente inadequada durante o exame
ginecológico.
A denunciante conta que
iniciou um tratamento com Hector no início de 2017, mas relata que as consultas
eram realizadas com um assistente. Devido a seu diagnóstico exigir um
acompanhamento contínuo, a paciente precisou retornar mais algumas vezes ao
médico. Em certo momento, Hector passou a atendê-la sem a presença de uma
assistente, situação que gerou estranheza e desconforto na paciente, contudo,
até este momento, ainda não havia suspeitado do profissionalismo dele.
Mas a situação mudou entre
julho e agosto de 2017, quando, durante um exame de toque ginecológico, o
médico estaria fazendo um toque diferente, em movimentos circulares,
estimulando seu clitóris. Durante o ato, ele questionava à declarante “se a
sensação era ruim”. Neste momento, a vítima relata ter ficado muito assustada
com a situação.
Em seguida, Hector pediu
para que a paciente se virasse de bruços e exigiu que ela ficasse de pé,
apoiando-se na maca em uma posição “de quatro”. Durante todo o processo, a
vítima relata que o profissional não tirou os dedos de seu órgão genital. “Eu
obedeci, sem entender nada, mas, naquele momento, percebi que aquilo estava
completamente fora do normal. Comecei a chorar e pedi que ele parasse
imediatamente”, acrescentou a vítima.
A paciente relatou que, ao
se virar para o médico, percebeu que ele estava com seu órgão sexual do lado de
fora. Desesperada, ela correu para o banheiro exigindo o fim da consulta. A
vítima ainda descreveu que, após pedir que o médico interrompesse o exame, ele
ainda tentou se despedir dela com um abraço. “Ele ainda tentou se despedir de
mim com um abraço e disse que ‘queria me ver bem'”, completou. Após esse dia, a
mulher não retornou para outras consultas com o profissional e decidiu seguir
seu tratamento na rede pública de saúde.
Segundo a denunciante, após
ver reportagem do Metrópoles sobre o ginecologista, resolveu
registrar a ocorrência. A denúncia foi encaminhada à 1ª Delegacia de Polícia
Civil (Asa Sul) e também ao Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), que está
investigando as condutas do médico.
Hector Javier Lozano Galindo
já havia sido denunciado por outros casos de suposto abuso em consultas
ginecológicas, tanto no Distrito Federal quanto em Goiás. Até o momento, o
médico continua exercendo suas funções. A defesa dele não foi localizada para comentar
os novos fatos. O espaço segue aberto para manifestação.
Outros casos
Em outro caso, registrado na
35ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), uma segunda vítima afirmou que, durante
uma consulta ginecológica, o mesmo médico teria introduzido os dedos em sua
vagina sob o pretexto de retirar um corrimento.
Durante o procedimento, ele
teria pedido para que a paciente fizesse movimentos com o quadril, tanto de
barriga para cima quanto de bruços, e ainda teria tocado o clitóris enquanto
realizava os movimentos com os dedos.
A vítima relatou ter ficado
confusa e sem reação diante da situação, e notou comportamentos do médico que
indicavam um abuso, como a falta de máscara e indícios de saliva na vagina.
Há, ainda, registros de um
caso similar ocorrido em 2018, em Planaltina de Goiás. A vítima, que na época
tinha 18 anos, passava por sua primeira consulta ginecológica e relatou um
abuso semelhante. O caso está em fase de audiência judicial. A abordagem do
médico, segundo relatos das vítimas, segue um padrão, o que indica uma possível
repetição de comportamento.
Além das investigações em
curso, os casos foram encaminhados ao Conselho Regional de Medicina (CRM-DF),
que também está apurando as denúncias.
FONTE: METRÓPOLES
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